Nada melhor do que um dia atrás do outro.
A vida é cheia de acontecimentos.
Passamos por fases em que somos convidados para casamentos, nascimentos, formaturas e festas de todo tipo. Aí o tempo vai passando e a vida vai nos impondo novas situações. Enfrentar o luto de uma pessoa muito próxima é exatamente ter a oportunidade de amadurecer mais um pouco.
Não ser mais um vagão e se tornar a locomotiva é uma árdua tarefa!
De um dia para o outro, a rotina deixa de existir! Se de um lado tem a possibilidade do alívio e do descanso, por outro lado vem a perspectiva de lidar com o novo e com o desconhecido.
Sentimento de perda, de vazio, de indignação, de falta, de tristeza, de raiva e de esperança se embaralham. Muito envolvido nessa trama de morte, sem mais e sem menos, em pleno luto, chega a hora de desmontar uma casa, vasculhar um lar que nunca foi seu e se desfazer de grande parte das coisas que essa pessoa achava importante em ter e guardar.
É incrível como, ao longo de nossa trajetória, acumulamos inúmeros papéis, vários documentos, inesquecíveis fotos, longas cartas, belos quadros, pequenas mensagens, infinitos recados e algumas agendas. Isso sem contar as roupas pessoais, os calçados novos e velhos, as roupas de cama, mesa e banho, as tesouras, as ferramentas, os utensílios de cozinha. Tem os móveis, os eletrodomésticos, as panelas, os cristais da família...