Tem que ir à Reunião de Pais e Mestres?

Acho que essa história é conhecida…

Bilhete na agenda do filho convidando para a Reunião de Pais e Mestres, dia tal, horário tal. E agora? Se a mãe optar pelo não comparecimento, o filho reagirá bem diante dessa negação?

Sônia e eu já presenciamos reações diversas de mães diante dessa intimação: “Outra vez? Bem no dia do meu rodízio! Como vou conciliar horário de trabalho e RPM? Meus filhos não terão aula? Que assuntos serão tratados? Será uma boa oportunidade para discutir temas relacionados ao desenvolvimento escolar do meu filho?”

É por isso que convocar pai, mãe ou responsável para uma reunião na escola é uma tarefa que requer certo cuidado.

Hoje em dia, é muito comum encontrar homens e mulheres que cumprem uma extensa carga horária de trabalho e, nem sempre, se encontram disponíveis cada vez que são requisitados pela escola.

Aproximar família e escola é um dos objetivos a ser atingido durante a reunião, portanto toda instituição escolar deve aproveitar esse rico momento para expor seu projeto político pedagógico e apresentar propostas de trabalho com seus respectivos objetivos e resultados. Mostrar produções elaboradas pelos estudantes ajudará e muito a exemplificar a teoria abordada.

Temas comportamentais devem ser encaminhados a uma reunião específica e de preferência com atendimento individual, pois, no grupo, esse assunto não será produtivo e, com certeza, não resolverá o problema.

O planejamento da reunião deve contar com a colaboração dos professores e de toda equipe gestora. Casos particulares não devem ser expostos nesse momento, pois o foco é envolver os pais no processo de aprendizagem do filho e informar como e para quê os alunos aprendem.

Ouvir o que a escola e os pais têm a dizer será importantíssimo para o sucesso do encontro. Todas as perguntas devem ser respondidas e caso a escola ou a família não tenha alguma definição no momento, será pertinente deixar claro o que será feito e essa devolutiva deve ser fornecida o mais breve possível.

Família e escola devem falar a mesma língua em relação à educação da criança e do jovem. A psicóloga Carmen Silvia Galluzzi afirma em seu livro Propostas para Reunião de Pais, que quando os pais sentem-se acolhidos, orientados e não julgados ou cobrados, percebem que podem dividir com alguém, de forma verdadeira, a situação pela qual estão passando. Há uma diferença entre cobrar e orientar. O docente pode cobrar posturas e os pais saem sem saber o que fazer. Mas, quando são orientados, percebem que as saídas são possíveis e oferecem benefícios na relação com os filhos.

Conversando com Educação pergunta:

  • Quais expectativas vocês, pais, têm todas as vezes que são convocados para uma reunião na escola do seu filho?
  • E você professor/educador, sabe como aprimorar esse contato com as famílias? Conte-nos suas experiências.
Precisa de ajuda na Educação? Podemos te auxiliar!

    Thais Bechara

    Meu nome é Thaís Bechara. Sou professora, pedagoga, mãe, psicopedagoga e orientadora educacional (exatamente nessa ordem). Com sólida experiência na área da Educação Infantil e Ensino Fundamental, sempre atuei em colégios de grande porte e de destaque no mercado.

    Sou graduada em Pedagogia (Orientação Educacional e Administração escolar), com Curso de Especialização em Psicopedagogia (“lato sensu”) pela PUC-SP- área institucional.

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