Bomba! É para reprovar?

Para muitos brasileiros, os meses de novembro e dezembro são sinônimos de tristeza. Por quê? É nesse período que alguns estudantes são reprovados na escola. Com a reprovação vem o sentimento de fracasso e de incapacidade. Além disso, ainda surge a ideia da obrigação de ter que refazer a série, revendo os mesmos conteúdos, inclusive aqueles que já foram assimilados.

Essa situação se repete há muito tempo. Nesse contexto, muitas pessoas desistem de frequentar a escola e se tornam responsáveis pelo aumento da estatística da evasão escolar.

Temos sorte, pois temos profissionais competentes e algumas atitudes estão sendo tomadas para evitar que os jovens e crianças deixem de aprender.

Pensando que a repetência é uma preocupação para os governos federal, estaduais e municipais, para os diretores de escolas, professores, pais, faz-se necessário pensar em soluções eficazes.

Escolas públicas adotaram o sistema de ciclos, agora com a possibilidade de ocorrer a reprovação em três séries e não mais em duas. Mesmo assim percebe-se muita insatisfação no que se diz respeito a essa forma de ensinar. Pais, professores e dirigentes de ensino insistem em declarar que muitos estudantes não aprendem e, mesmo assim, passam de ano.

A ação avaliativa deveria ser entendida como instrumento para ajudar o aluno a aprender. O erro seria um dado de investigação para o professor. Será que a maioria dos professores mantém a postura de observador e tem o hábito de fazer registros dessas informações? Sabemos que muitos ainda estão presos somente ao resultado de provas, números, perguntas e respostas pré-estabelecidas. O tempo passa muito rápido e sabemos que a sala de aula é o espaço para discutir fatos do cotidiano e ficar preso às situações que estão explícitas somente no material de estudo será muito pouco no mundo de hoje.

Só sei que não podemos continuar responsabilizando somente o aluno pelo próprio fracasso, como se o sistema de ensino nada tivesse a ver com isso.

Assim sendo, o papel do professor é o de verificar quem aprende e como aprende. É garantir as condições para aprendizagem do grupo de alunos sob sua responsabilidade. O professor ou qualquer outro especialista de ensino tem de saber lidar com os desafios de aprendizagem. Qualquer ser humano possui o desejo de aprender. Se algo está interferindo nessa aprendizagem, cabe ao ensinante investigar e buscar uma ação superadora.

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    Thais Bechara

    Meu nome é Thaís Bechara. Sou professora, pedagoga, mãe, psicopedagoga e orientadora educacional (exatamente nessa ordem). Com sólida experiência na área da Educação Infantil e Ensino Fundamental, sempre atuei em colégios de grande porte e de destaque no mercado.

    Sou graduada em Pedagogia (Orientação Educacional e Administração escolar), com Curso de Especialização em Psicopedagogia (“lato sensu”) pela PUC-SP- área institucional.

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