Bora lá! Sempre é tempo de aprender!
Pergunte a uma criança o que gosta de fazer e terá como resposta muitas formas de brincar que, com certeza, moram em nossa memória infantil ou nas nossas observações com pessoas brincando e aprendendo!
Ainda muito pequenas exploram os objetos um a um, observando suas formas, visualizando e experimentando os sabores do objeto.
A medida que crescem, exploram mais de um brinquedo e se estiverem com outras crianças, brincam individualmente e precisam de estimulação para socializarem-se. Vivem também o partilhar os brinquedos com certa angústia. Mas nada as impedem de aprender a contornar a situação e vivenciar a troca, mesmo que haja choro.
Chega assim a fase que objetos tomam vida, a imaginação e a fantasia ficam muito presente na vida da criança. Brinquedos se transformam e amigos imaginários fazem parte da brincadeira.
Ensaiam suas fantasias, curiosidades e saberes. O incentivo e o valor para a criação deixam as crianças felizes e assim aprendem a valorizar e partilhar ideias.
Mais tarde, observamos que o brincar se aproxima dos padrões de comportamento entre meninas e meninos, e as brincadeiras começam a se diferenciar. As experiências cotidianas agora são vividas nas brincadeiras. Surgem atitudes com qualidades sensíveis e situações mais competitivas. O olhar do adulto é importante para mostrar os exageros e pontuar os cuidados na relação com o outro. É preciso acolher os desejos das crianças, ajudá-las a lidar com a frustração e entender o que está sendo revelado.
Assim chega a fase que as crianças sentem-se motivadas com desafios dos jogos compartilhados, gostam do domínio das regras e percebem o quanto podem desfrutar do seu conhecimento e ampliar o desenvolvimento da inteligência. Sentem-se seguros com desafios e superação. Aprendem ganhar e perder, analisam as estratégias. Adoram ser valorizados e precisam desse olhar e incentivo.
Brincadeiras e sorrisos devem alimentar e influenciar, positivamente, o desenvolvimento das crianças.
A chegada dos brinquedos eletrônicos sugere algumas discussões e cuidados para pais e educadores analisarem o que é bom para as crianças e o que construirão com as novas tecnologias.
O jogo digital, por exemplo, pode contribuir para o desenvolvimento e para o processo educativo. Por meio dele, a criança utiliza seus recursos intelectuais e emocionais, enfrentando os desafios que o jogo propõe. Vencer obstáculos, lidar com a derrota, vivenciar os medos de cada etapa, e saborear o doce gosto da vitória são ferramentas para uma divertida e significativa aprendizagem.
Foi brincando que chegamos na fase adulta e hoje buscamos recursos vividos no tempo de criança para brincar de ser gente grande e vencer o jogo da vida.