Elogiar pra quê?

Desde o nosso tempo de escola, sabemos o quanto os elogios são fundamentais na formação de qualquer indivíduo.

Uma boa palavra é sempre bem-vinda, pois promove a autoconfiança e incentiva o enfrentamento de desafios. Mas que efeitos surtem os elogios?

Qualquer elogio deve ser verdadeiro, específico, claro e sempre deve estar relacionado à ação e não as características da pessoa. Isso quer dizer que no lugar de rotular uma pessoa o mais eficiente é descrever o que existe de bom e informar o que pode ser melhorado.

Telma Vinha, professora de Psicologia Educacional da Unicamp, na revista Nova Escola do mês de abril (edição 279, p.20), foi questionada sobre como incluir elogios no caderno dos alunos. Leia o que ela pensa sobre esse assunto.

“Palavras de incentivo são importantes, mas devem ser usadas, com parcimônia e conhecimento, pois, dependendo de como as empregamos, causam mais danos do que benefícios. Há dois tipos de elogios. Os valorativos são aqueles relacionados à personalidade: inteligente, estudioso ou caprichoso. Apesar de agradáveis, palavras como essas podem causar dependência, fazendo com que a criança aja esperando reconhecimento do outro, sem desenvolver a capacidade de julgar a si própria. Assim, quando não é elogiada, ela se decepciona porque precisa do julgamento exterior para se sentir valorizado. O elogio construtivo ou apreciativo, por sua vez, descreve a ação e os sentimentos de quem falam, sem julgar a personalidade ou as características do outro, deixando que tire as próprias conclusões.

Em vez de “Você é tão criativo” prefira “Adorei os personagens do seu texto. A história que criou é original e cheia de aventuras.” Os comentários devem ser relacionados à tarefa, descrevendo os pontos positivos e informando o que precisa melhorar. É importante valorizar a iniciativa, o esforço e a ideia geral do estudante, não focando só no resultado. Nessa concepção, palavras como ótimo, parabéns, muito bom, regular ou péssimo perdem o sentido porque não conduzem à reflexão nem informam a criança sobre acertos ou equívocos que podem ser revistos. Os termos empregados devem ser sugestivos para que o aluno consiga extrair deles uma conclusão positiva e realista sobre si mesmo.”

E com você, que elogios lhe fizeram crescer?

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    Thais Bechara

    Meu nome é Thaís Bechara. Sou professora, pedagoga, mãe, psicopedagoga e orientadora educacional (exatamente nessa ordem). Com sólida experiência na área da Educação Infantil e Ensino Fundamental, sempre atuei em colégios de grande porte e de destaque no mercado.

    Sou graduada em Pedagogia (Orientação Educacional e Administração escolar), com Curso de Especialização em Psicopedagogia (“lato sensu”) pela PUC-SP- área institucional.

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