Gente que sente medo

Sentimento de vazio, coração batendo forte, frio na barriga, tontura, transpiração, boca seca, inquietação e vontade de movimentar-se? Isso pode ser diagnosticado como um comportamento de ansiedade. Entenda mais um pouco sobre isso!

Ansiedade é um comportamento normal do sistema de alerta de todo ser humano e possibilita uma integração com o meio ambiente. O que não podemos deixar acontecer é a ansiedade normal tornar-se patológica.

Transtorno de pânico, fobias, transtorno obsessivo compulsivo (TOC) são alguns transtornos mentais que podem surgir a partir da ansiedade patológica.

O transtorno de pânico surge sem nenhuma causa visível ou lógica. É o corpo que envia vários sintomas: coração acelerado, dores no tórax, sudorese, tremor, agitação, náusea, dificuldade de respirar, sensação de sufoco, calafrios, dores de estômago, medo de perda de controle, sensação de irrealidade e sensação de morte iminente. Esse transtorno, quando corretamente diagnosticado, são tratáveis e o tratamento impede a progressão da doença, quando a pessoas acometida começa a evitar determinadas situações que tiveram uma ligação circunstancial com o ataque de pânico.

Já as fobias são medos irracionais profundos e perturbadores que fazem com que a pessoa evite, conscientemente, um objeto, uma situação ou uma atividade. A pessoa percebe que o medo é infundado. Isso traz muito sofrimento, mas pode ser tratado.

A fobia específica é um medo extremo de um objeto ou de uma situação que não é ameaçadora intrinsecamente. Essas fobias incluem medos como claustrofobia (medo de espaços fechados); acrofobia ( medo de lugares altos); medo de animais; fobia social (medo de ser observado ou humilhado em público (medo de falar em público, dar aula); agrofobia (medo de lugares e situações das quais a fuga pode se tornar difícil, como estar numa multidão, num espaço cheio de pessoas). Quando não diagnosticados corretamente, as fobias podem prejudicar muito a vida profissional e social da pessoa, impedindo um pleno aproveitamento da vida cotidiana.

As pessoas acometidas pelo transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) tentam lidar com suas obsessões (pensamentos repetitivos não desejados) e com as compulsões (comportamento ritualizados que fogem do controle). Como exemplo podemos realçar: constante lavagem das mãos (a pessoa lava a mão até destruir a pele, na tentativa de livrar-se dos germes contaminantes; verificação de portas, janelas, fogão e outros aparelhos domésticos, tentando satisfazer uma dúvida imperiosa; obediência a regras rígidas de procedimentos, ou seja, a pessoa faz demorados procedimentos para evitar que ocorram danos a si mesma ou a seus familiares, como contagens, não pisar debaixo das escadas etc.; estocagem (a pessoa resiste à ideia de jogar no lixo mesmo os objetos mais inúteis por precauções não realísticas de que eles podem fazer falta no futuro. Pessoas com TOC podem passar algumas horas ou grande parte do dia tentando lidar com obsessões e compulsões e, nos casos não tratados, é impossível a pessoa ter uma vida produtiva normal.

Existe tratamento específico para cada caso, que pode envolver psicoterapia individual e tratamento com psicofármacos. É bom lembrar que muitos casos são resolvidos com rapidez .

Com certeza, você conhece alguém que sofreu ou pode estar sofrendo com algum transtorno, mas com apoio, cuidados médicos e psicológicos essas questões podem ser tratadas, trabalhadas e curadas.

Essas informações foram retiradas da Cartilha Transtornos Mentais elaborada pelo Instituto de Estudos e orientação da Família – INEF.

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    Sônia Licursi

    Meu nome é Sônia Licursi. Aos 17 anos, iniciei meu percurso profissional como professora de Educação Infantil.

    Sou casada, mãe, psicóloga e orientadora educacional.

    Especialista em Psicodinâmica do Adolescente pelo Instituto Sedes Sapientiae, com experiência profissional nas áreas: clínica, educacional e social.

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