Incivilidade é tema de sala de aula?
Incivilidade é tema de sala de aula. Qual escola não tem como pauta os problemas de comportamento que interferem na qualidade das relações no ambiente escolar?
Telma Vinha, professora de Psicologia Educacional da Universidade da Unicamp e colaboradora da Revista Nova Escola, aborda estratégias de gestão de aula.
Telma fala de um modelo de convivência onde a polidez e a ética nas relações, torna o espaço escolar um local de respeito que não combina com incivilidade.
Dia após dia, se faz necessária a construção de um código de respeito entre todos os integrantes da escola. É preciso diálogo, compreender a necessidade do respeito e de se colocar no lugar do outro tratando bem seus pares.
É preciso diferenciar o que é comportamento transgressor (quebra de regras) de comportamento que interfere na convivência de todos (violência).
Aquilo que nos incomoda particularmente não é incivilidade. Então mascar chiclete, usar boné, falar gírias não impedem a aprendizagem. Os atos que interferem no coletivo como provocações constantes e rispidez já necessitam de um processo de intervenção.
Como fazer isso? Telma sugere :
- Agendar encontros sistemáticos com a turma.
- Propor conversa sobre os problemas sem nomear os envolvidos.
- Oferecer espaço para os alunos verbalizarem como querem ser tratados.
- Elaborar normas em conjunto.
Qual é a parte dos docentes?
- Levantar as incivilidades que mais perturbam as aulas.
- Ordená-las pelo impacto gerado.
- Eleger algumas delas.
- Analisar as causas.
- Refletir sobre como minimizá-las.
- Criar protocolos de intervenções para condutas individuais e em grupo.
O grande desafio é seguir os protocolos, manter coerências nas ações e garantir a aprendizagem.
Por mais difícil que seja é preciso encarar as incivilidades como uma ação pedagógica.
Releitura do artigo “A Influência das incivilidades na qualidade das relações (Revista Nova Escola, Ano 30, número 287/ novembro 2015)