Crianças entediadas?

“A busca da verdade e da beleza são domínios em que nos é consentido sermos crianças por toda vida.” Einstein

As brincadeiras antigas, os brinquedos de madeira, quebra cabeças, xadrez, tangran e outros tantos são sempre lembrados, sugeridos e, muitas vezes, confeccionados com a parceria das crianças. E de fato, são ideias interessantes para o entretenimento entre pais e filhos, irmãos e amigos.

Lembro-me quando meus filhos eram pequenos e nos divertíamos com a montagem de quebra-cabeças. Uma brincadeira escolhida pelos adultos onde crianças eram incluídas. Entre uma brincadeira e outra, a criançada participava de cada desafio proposto pelos adultos. Geralmente, os cenários escolhidos continham muitas peças e as crianças eram convidadas a escolher uma parte para montar, seguindo as cores e formas que estavam presentes naquele pedaço.

Pensei neste exemplo porque este brincar significa olhar, explorar, agir com dicas e trocas, despertando percepções e construindo uma história com o fazer na companhia de um adulto.

As conquistas e emoções estão presentes nas brincadeiras. Aí fico pensando por que algumas crianças se sentem angustiadas ou entediadas e não conseguem escolher uma brincadeira? Tenho algumas hipóteses. Um vazio do nada para fazer? Medo de não saber brincar? Dificuldades de aprender? Receio da frustração? Não conseguir estabelecer a troca com o outro? Não ter vivido situações de querer, escolher, aprender, ganhar, perder etc…? Ou ao contrário, será que viveu tudo isso em excesso?

Cabe uma reflexão sobre como esta criança brinca e é estimulada em casa, na escola e na vida cultural. Os brinquedos tecnológicos nasceram de ideias e intercâmbio do mundo real com mundo virtual. Devem ser analisados por adultos educadores, adequados à faixa etária e ao desenvolvimento da criança.

É importante encontrar um equilíbrio no uso da tecnologia durante a infância e nas demais idades. Em cada fase necessitamos de experiências e estímulos adequados para formação emocional, cognitiva, sensorial e motora. O brincar sozinho é um exercício interessante quando promove descobertas, desafios e cria possibilidades para novas situações com o brinquedo e ampliam para as situações da vida. Quando nos isolamos estamos impedidos de mostrar o que desejamos e o que descobrimos, o que foi apreciado e aprendido.

Texto de reflexão sobre as leituras abaixo:

http://familia.com.br/101-coisas-que-nao-envolvem-eletricidade-para-criancas-fazerem-quando-estao-entediadas

http://familia.com.br/filhos/10-razoes-por-que-os-dispositivos-eletronicos-portateis-deveriam-ser-banidos-a-criancas-menores-de-12-ano

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    Sônia Licursi

    Meu nome é Sônia Licursi. Aos 17 anos, iniciei meu percurso profissional como professora de Educação Infantil.

    Sou casada, mãe, psicóloga e orientadora educacional.

    Especialista em Psicodinâmica do Adolescente pelo Instituto Sedes Sapientiae, com experiência profissional nas áreas: clínica, educacional e social.

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