Casaram e foram felizes para sempre?
Na escola aprendemos a ler, a escrever, a calcular. Temos exercícios para resolver, lição de casa para entregar e somos diariamente avaliados.
Tem gente preparada para estimular o conhecimento e trabalhar com as regras da boa convivência. Lidar com o erro na escola faz parte da grade curricular.
Alunos são acompanhados e reconhecidos a cada etapa conquistada.
É na escola que vivemos, com intensidade, momentos de satisfação e frustração, de introspecção e expansão, de amor e ódio, de solidão e congregação, de entusiasmo e desespero.
Você se lembra qual foi a sua média na disciplina História da Vida?
Pois é! Hoje você consegue aplicar na sua vida alguns conteúdos que foram ensinados (matemática, biologia, álgebra etc). No entanto, alguém ensinou como escolher um relacionamento amoroso?
Nos contos de fada, ouvimos várias vezes “casaram-se e foram felizes para sempre”. Porém, na vida adulta, encontrar a felicidade no amor não é tão fácil assim. Entender o outro e a nós mesmos é a primeira tarefa a ser estudada.
No encontro com o outro , nesse mesmo contexto, vem a família e as relações que foram aprendidas sobre autoridade, humilhação, sexualidade, dinheiro, maternidade e paternidade, fidelidade, envelhecimento…
É comum enxergarmos o companheiro como um ser perfeito. Detalhes que antes passavam sem importância, com a convivência tornam-se insuportáveis.
Tem gente que casa porque não suporta ficar solteiro, porque está se sentindo só, para sair da casa dos pais, porque tem condições de viver a vida a dois, porque quer tentar de novo, porque acha que pode modificar o outro, porque os amigos já estão casados. Motivos não faltam!
Casamos porque queremos ser felizes. Atingir esse grau de perfeição é a grande questão!
Como diz o filósofo Alan de Botton: “Só do lado de fora que o casamento parece pacífico, previsível e monótono”.
Inspirado no texto “A pessoa certa existe?” Alain de Botton – abril 2016 – vida simples