Que aprendizagens a Copa do Mundo no Brasil nos deixou?

foto DFB-Team

Desde o jogo do Brasil com a Colômbia estou bastante indignada e com muita raiva do jogador colombiano. Esperei por limites das autoridades do jogo: o árbitro e o bandeirinha. Onde estavam? Esperei uma reação indignada do treinador Luiz Felipe Scolare e nada.. Esperei também pela análise da FIFA.

Desejei que a Colômbia estivesse fora da próxima Copa do Mundo em Moscou. Para nós brasileiros e torcedores foi demais a agressão com o jogador brasileiro Neymar.

E nada.

O que venho escutando na minha casa e nos meios de comunicação é que o futebol é um esporte de impacto e que faltou foi uma arbitragem correta.

A imprensa brasileira em discussões e analises traz também que as ofensas e ameaças para com o jogador colombiano passaram dos limites do jogo e acirrou os ânimos preconceituosos da nossa sociedade. E que a facilidade de escrever o que se pensa através das mídias está exagerada, perigosa e covarde.

E nada acontece.

O que acontece? As quartas de finais da Copa do Mundo e com tudo o que está acontecendo muitos incentivos e ameaças também para seleção brasileira. Enfrentará a Alemanha e depois Holanda ou Argentina.

Escutando as análises e discussões, lembrei-me dos campeonatos nas escolas que trabalhei. Os alunos esperavam o ano todo pelo campeonato. A organização dos times, a inscrição e a montagem das chaves eram vividas com ansiedade e garra pelas equipes. O estabelecimento das regras e da arbitragem dava o tom nos dias dos jogos. Mas o que era interessante é que os alunos sabiam que falta era falta e que agressão era expulsão. Talvez pairasse dúvidas no cartão amarelo, dependendo da arbitragem. Muitas vezes escutávamos que o juiz estava perseguindo aquele aluno/atleta. Isto no auge do jogo, da garra e das jogadas, aprendendo as regras de um campeonato e lidando com suas emoções.

Apesar dos conflitos este contexto trazia possibilidades de regras, limites, mediação, segurança e referência.

Mesmo a contra gosto de alguns o cumprimento da regra era imprescindível. E a clareza com relação ao número cartões, a vontade de jogar e de não ficar fora do próximo jogo.

Acontecia o campeonato e a reflexão sobre a atividade educativa.

E agora.

O que assistimos nessa Copa do Mundo no Brasil, jogos e jogadas incríveis e jogadores honrando o que sabem fazer de melhor, mas muitas falhas na arbitragem.

E nada acontece.

O processo será em algum momento transformado?

O que faremos com as cenas de violência na Copa do Mundo no Brasil. Um evento que nasceu com tantas incoerências, contradições, regras, imposições e ao mesmo tempo cresceu com tantas emoções, bons jogos e jogadas dos melhores jogadores e equipes do mundo.

E agora o que virá…

Brasil… Alemanha… Holanda…Argentina…

Alemanha… Brasil…Holanda …Argentina…

Alemanha… Holanda…Brasil ….Argentina…

Alemanha… Holanda…Argentina …Brasil…

Ou ?

Brasil hexacampeão! O inesperado, Brasil perde de 7 a 1 para Alemanha e disputará o terceiro ou quarto lugar na Copa do Mundo.

Tristeza e frustração. E muitas perguntas. O que aconteceu?

E Neymar jogará na Copa do Mundo 2018 em Moscou?

Precisa de ajuda na Educação? Podemos te auxiliar!

    Thais Bechara

    Meu nome é Thaís Bechara. Sou professora, pedagoga, mãe, psicopedagoga e orientadora educacional (exatamente nessa ordem). Com sólida experiência na área da Educação Infantil e Ensino Fundamental, sempre atuei em colégios de grande porte e de destaque no mercado.

    Sou graduada em Pedagogia (Orientação Educacional e Administração escolar), com Curso de Especialização em Psicopedagogia (“lato sensu”) pela PUC-SP- área institucional.

    Mais sobre o autor