O professor está em cena!

Basta escolher um livro didático, seguir capítulo por capítulo, conforme está exposto no plano, e em seguida, fazer uma revisão e aplicar uma avaliação. Pronto, a aula está planejada! Será? Sabemos que não é tão simples assim.

Um bom professor, antes de tudo, precisa conhecer os conteúdos que serão ensinados, relacionando esses conteúdos com os objetivos e as situações de aprendizagem.

Esse professor precisa transformar o programa em objetivos de aprendizagem e estes em situações e atividades possíveis de serem realizadas.

O ponto de partida é entrar na sala de aula ciente que os alunos sabem “muitas coisas” daquilo que se deseja ensinar e esse conhecimento será o apoio que favorecerá grandes oportunidades de contribuir para o conhecimento.

Portanto o saber que os aprendentes já têm, faz parte de um sistema de representações, pois no momento de aprendizagem, esse aluno questiona-se, assimila ou elabora respostas que, são suficientes, pelo menos, por certo período.

Se estivermos trabalhando a partir das representações do aluno, a ação do professor deve estar voltada diretamente para o educando. É importante conhecer cada aluno, ouvir suas perguntas, entender suas falas e seus argumentos, possibilitar seu crescimento com novas e desafiadoras questões, levando-o a prosseguir no processo para a sua autonomia moral e intelectual.

Para facilitar esse processo, o professor deve colocar-se no lugar dos alunos. É importante lembrar, também, que nos momentos em que não compreendemos algo, com certeza, não foi por falta de vontade. De nada adianta explicar a técnica do algoritmo da subtração, por exemplo, se o aluno não compreende o princípio da numeração decimal. Portanto é preciso levar em conta que existem limites dos nossos próprios conhecimentos.

Temos muito a descobrir observando as respostas dos alunos e com isso, temos em mãos instrumentos para uma reflexão sobre qual caminho foi trilhado para que a resposta fosse formulada daquela maneira.

Outro ponto a ser abordado é sobre a formulação de questões orais ou escritas e o processo corretivo.

Uma questão onde a resposta seja assinalar sim ou não, simplesmente, ou onde o aluno opta por uma alternativa não dá condições ao professor de conhecê-lo e, assim, fica impossível buscar novas possibilidades. As boas questões são aquelas que podem levar com elas, a opinião, interpretação e o conhecimento do aluno.

Você consegue perceber e identificar esse processo de aprendizagem baseada nesta relação professor/aluno?

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    Thais Bechara

    Meu nome é Thaís Bechara. Sou professora, pedagoga, mãe, psicopedagoga e orientadora educacional (exatamente nessa ordem). Com sólida experiência na área da Educação Infantil e Ensino Fundamental, sempre atuei em colégios de grande porte e de destaque no mercado.

    Sou graduada em Pedagogia (Orientação Educacional e Administração escolar), com Curso de Especialização em Psicopedagogia (“lato sensu”) pela PUC-SP- área institucional.

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